Organizado em apenas dois anos de antecedência, nas competições misturava atletas a estudantes e turistas. Qualquer pessoa poderia se inscrever nas provas. Mas, com o sucesso do torneio, o barão de Coubertin marcou para Paris, quatro anos depois, o reencontro com a comunidade olímpica
As provas: Desde 776 a. C., a única competição nos primeiros 13 olímpicos foi a corrida. Em 724 a. C. introduziu-se um nova modalidade, semelhante aos atuais 400 metros rasos. O pentatlo passou a ser disputado em 708 a. C. Até 472 a. C. as provas eram realizadas em um único dia.
O número de provas na Antiguidade aumentou até se fixar em 12 modalidades: o disco (chegou aos nossos dias com poucas variações), o hopolitódromo (corrida com os atletas equipados de modo militar), provas hípicas (corridas de quadrigas e de cavalos), o dardo (era de madeira com uma ponta de ferro), salto em cumprimento ‘Skamma’ (o atleta levava nas mãos pesos enquanto saltava), luta livre (o adversário devia ser tombado de costas), ‘pankration’ (luta em que tudo era permitido, exceto morder), pugilismo (socavam-se com os punhos nus até a rendição do adversário, mas com o tempo usaram-se máscaras e correias protetoras), corrida e pentatlo – o ‘dialum'(400 m), o ‘dólico'(1.500 m) e o ‘stadium'(192 m).
Primeiro ouro brasileiro: A primeira medalha de ouro do Brasil foi ganha em 1920, nos Jogos da Antuérpia, pelo tenente do Exército Guilerme Paraense. Paraense era parte de uma equipe de sete atiradores que partiram para a Bélgica por conta própria.
Depois de 27 dias de uma viagem atribulada, passando por Portugal e Paris, chegaram a Bruxelas, onde aguardavam conexão para Antuérpia. Lá, tiveram parte das armas e da munição roubada. Com fome e sem material esportivo, acabaram salvos pelos americanos. Impressionados com o estado lastimável dos brasileiros, os atletas emprestaram aos colegas as próprias armas. Guilerme Paraense derrotou os americanos e conquistou o ouro, a prata e o bronze. Ele tinha 36 anos e morreu de enfarte, em 1968.
Tocha: Desde os primeiros jogos da Antiguidade, a Chama Olímpica era acesa e carregada por atletas.agrada quei A pira smava no altar de Zeus durante todo o período das competições. Ela foi reintroduzida em 1928, nas Olimpíadas de Amsterdã. Nos Jogos de Berlim de 1936, pela primeira vez a chama foi acesa na Grécia e transportada para a nova sede das Olimpíadas, em uma tocha, por atletas que se revezaram durante o trajeto.
A idéia foi adotada e vem sendo mantida em todos os Jogos desde de 1952. A tocha é então acesa em Olímpia, no local onde eram realizados os Jogos da Grécia. Ela é acesa por raios do sol refletidos em um espelho encurvado, em uma cerimônia, por mulheres em trajes que lembram os usados nos tempos antigos (foto). A tocha é então entregue ao primeiro atleta.
Mulheres nas Olimpíadas: Apesar de já terem participado em alguns eventos anteriormente, só a partir de 1912, nas Olimpíadas de Estocolmo, com a natação, as mulheres passaram a ser oficialmente admitidas nos Jogos. Nos Jogos Olímpicos antigos, somente era permitido às mulheres virgens entrar no estádio para assistir aos jogos. A punição para as demais mulheres que ousassem quebrar essa regra era serem jogadas dos penhascos de Typaion.
Nas competições de bigas, realizadas fora da área sagrada, as mulheres eram admitidas. Havia festivais femininos nos quais os homens eram banidos, sendo o mais famoso o Heraean, em Argos, o qual incluía competição de lançamento de dardo. O barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, era contra a presença de mulheres nos Jogos Olímpicos, mas com a grande pressão por parte das feministas, elas conquistaram seu espaço. Nas Olimpíadas de 1904, participaram seis mulheres. Nos Jogos de 1996, as mulheres foram 3.780 atletas.\
Os cinco anéis – Nas cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho, interligados sobre um fundo branco, os anéis olímpicos foram idealizados em 1913 pelo Barão Pierre de Coubertin e introduzido nos Jogos de Antuérpia em 1920. Os anéis representam a união dos cinco continentes e pelo menos uma de suas seis cores, incluída a branca, existe na bandeira de cada um dos países filiados ao COI.
O lema – ‘Citius, Altius, Fortius’ (que em grego significa ‘O Mais Rápido, O Mais Alto, O Mais Forte’). A frase latina, criada pelo padre Henri Martin, amigo do Barão de Coubertin, era utilizada para descrever as realizações atléticas dos estudantes do Albert Le Grand School. As palavras latinas estavam cravadas em uma pedra acima da entrada principal.
A tocha – Nasce a partir da chama olímpica, que fica acesa de forma permanente em Olímpia, na Grécia. Na Grécia Antiga, as tochas serviam para conduzir a chama do fogo sagrado de um altar para outro. O fogo era tido como um elemento purificador. Na Era Moderna, a tocha é transportada por atletas e cidadãos comuns de diferentes países até o local da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Permanece acesa em uma pira, no Estádio Olímpico, durante toda competição e é apagada ao final da cerimônia de encerramento. A tocha olímpica ganha um novo desenho e forma a cada edição dos Jogos Olímpicos.
O juramento – ‘Em nome de todos os competidores, eu prometo participar nestes Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, no verdadeiro espírito esportivo, pela glória do esporte e em honra às nossas equipes’, escrito pelo Barão de Coubertin e feito por um atleta do país anfitrião na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.
O hino – Composto em 1896 pelo grego Spirou Samara, com letra do músico grego Cositis Palamas, foi adotado pelo COI em 1958.
A crença olímpica – ‘A coisa mais importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas participar, assim como a coisa mais importante da vida não é a vitória, mas a luta. O essencial não é conquistar e sim lutar bem’, adotada pelo Barão de Coubertain depois de tê-la ouvido do bispo da Pensilvânia, Ethelbert Talbot, durante os Jogos de Londres em 1948. Ao longo da história dos Jogos, tem havido muitas alterações nessa mensagem.
O mascote olímpico – Adotado pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Inverno de 1968, em Grenoble, na França, servem como embaixadores e mensageiros da amizade e personificam a cultura ou a fauna da região onde se realizam os Jogos Olímpicos. Portanto, mudam a casa edição do evento.
Autoria: Elvis Rocha Campos
FONTE: http://www.coladaweb.com
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