Nasce a lenda do 911
Ferdinand Alexander “Butzi” Porsche (Stuttgart, 1935-2012), o neto de Ferdinand Porsche – fundador da marca – surpreendeu a imprensa especializada ao dar um salto de qualidade e modernidade com o lançamento de um novo modelo no Salão do Automóvel de Frankfurt, em 1963. O nome inicial, Porsche 901, mudou para Porsche 911 após uma ação movida pela Peugeot (que havia patenteado essa nomenclatura para seus modelos, sempre com um zero no meio, que mantém até hoje). Com a nova denominação, o Porsche tornou-se um mito desde o lançamento, com 840 mil unidades vendidas em todo o mundo.
Com o modelo 911, a Porsche iniciou uma tradição em carros esportivos que se mantém até hoje. Parte de seu sucesso deve-se a seu design sóbrio e moderno, de linhas harmoniosas, e à aerodinâmica aplicada à tração traseira, que garante seu desempenho esportivo. Além disso, possui acabamento interno sofisticado e motor traseiro transversal de 6 cilindros refrigerado a ar (denominado boxer), de alta potência e desempenho, capaz de satisfazer o motorista mais exigente.
Suas linhas inconfundíveis foram mantidas com poucas modificações ao longo desses 50 anos, permitindo que os fãs identifiquem qualquer versão do Porsche sem dificuldade (Carrera, Cabrio, Targa e seus derivados, Cayman e Boxster).
Seu design também é reconhecível em modelos que revolucionaram a marca, como o Panamera (o único Porsche de 4 portas, um sedan de luxo de 520 HP) ou o Cayenne, o SUV 4×4 da Porsche com desempenho esportivo (graças a um potente motor de 8 cilindros, que pode atingir 300 km/h e acelerar de 0 a 100 em menos de 5 segundos).
Versões
Como qualquer carro mítico, o Porsche inspira versões radicais. Atualmente, cada versão do 911 oferece uma opção com tração nas quatro rodas, mas há empresas que envenenam os motores e realizam alterações que nem sempre contam com o apoio da marca e de sua divisão de modificações especiais, a Porsche Exclusive.
Existem versões híbridas do Panamera e do Cayenne. Nos salões internacionais, a Porsche continua surpreendendo com seus carros-conceito radicais que, em geral, acabam sendo produzidos em série. É um dos poucos esportivos europeus que conseguiu conquistar o consumidor americano, em parte porque o 911 pode desenvolver toda a sua potência nas bem conservadas rodovias americanas.
Competições
Comemoração
Para destacar meio século de seu emblemático modelo, a Porsche lançou o modelo 911 50th Anniversary, uma edição limitada de 1963 unidades (com motor 3.8, câmbio PDK de sete marchas e 430 HP). Além disso, a empresa convidou seus fãs a votar pelo Facebook em três propostas de design do modelo 5 Million Fans, uma versão especial para o Porsche Experience Center do autódromo britânico de Silverstone.
Ao longo do ano, o Museu Porsche exibirá mais de 40 modelos do 911, com entrada gratuita e brindes para quem aparecer com um desses modelos ou tiver nascido em 1963. Entre os modelos em exposição, há um curioso 911 blindado que pertenceu ao cantor Julio Iglesias.
Países de todo o mundo participarão das comemorações com caravanas de versões do 911. Uma delas acontecerá em 14 de setembro, em Buenos Aires, quando os proprietários de qualquer versão do modelo estarão ao volante e poderão curtir uma noite de camaradagem ao estilo Porsche.
O início do Porsche
A fábrica alemã de automóveis esportivos foi fundada em 1831 pelo engenheiro austríaco Ferdinand Porsche (1875-1951). Desde cedo, Porsche demonstrou ser um visionário, desenvolvendo sistemas de propulsão inovadores que chamaram a atenção dos engenheiros mecânicos da época. Em 1900, no Salão Universal de Paris, surpreendeu o público especializado apresentando um modelo que contava com um motor elétrico em cada roda. Com esse carro-conceito pioneiro, construído com a colaboração da Daimler, Porsche ganhou o respeito de seus colegas e abriu as portas das grandes marcas.
Em 1931, Ferdinand fundou a empresa de projetos e desenvolvimento de motores e veículos Porsche, um empreendimento familiar que legaria a seu filho e neto, e se que tornaria referência para as outras indústrias em matéria de soluções técnicas.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, seu sonho de fabricar carros de série esportivos foi adiado. Ferdinand passou a se concentrar em projetos de equipamentos bélicos e de veículos mais austeros e econômicos.
Seu filho Ferry (Ferdinand Anton Ernest, 1909-1998) herdou a paixão do pai pela mecânica. Encarregado da missão de fabricar um carro que combinasse design e luxo com alto desempenho, Ferry surpreendeu com os esportivos de dois lugares 356 e 550 (o carro pilotado pelo James Dean quando morreu). Esses modelos marcariam o rumo definitivo da empresa na produção de veículos de rua sóbrios, mas com um desempenho esportivo e um prazer de dirigir que poucas marcas conseguiriam igualar.
Fonte: http://vroom.discoverybrasil.uol.com.br
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