Eça de Queirós foi um dos grandes nomes da literatura portuguesa. O escritor participou de um período de mudança, em que o romantismo dava lugar ao realismo. Na primeira fase da sua carreira, produziu obras com influência romântica.
O realismo aparece nas narrativas da segunda fase. Na terceira e última, Eça apresenta textos mais imaginativos, testando os limites do estilo literário.
“O Crime do Padre Amaro” e “O Primo Basílio” são duas de suas obras mais importantes. Com temática crítica, o autor causou polêmica na sociedade portuguesa da época e foi condenado pela Igreja Católica.
Eça de Queirós trabalhou como jornalista, como muitos autores do período, advogado e cônsul. Mas ficou mais conhecido pela atuação na literatura. Os textos do autor apresentam o nascimento do realismo português e são objeto de análise até hoje.
MOVIMENTO LITERÁRIO
ESTILO
Apresenta uma visão mais crítica da sociedade, diferente do romantismo que precedeu o movimento. Eça de Queirós fugiu do estilo clássico de escrita, apostando em uma maior liberdade na elaboração do texto.
Entre as principais obras, vale destacar “O Primo Basílio”, “Os Maias” e “As Cidades e as Serras”.
BIOGRAFIA
Filho de mãe portuguesa e pai brasileiro, Eça de Queirós nasceu em Portugal. José Maria Teixeira de Queirós e Carolina Augusta Pereira d’Eça só se casaram quando o escritor estava com quase quatro anos. Devido à posição social superior da mãe, a família não aceitava a união.
O jovem Eça de Queirós estudou Direito na Universidade de Coimbra., seguindo os passos do pai. Por lá, conheceu o também escritor Antero de Quental e começou a publicar seus textos na revista “Gazeta de Portugal”. Durante o curso, teve relação com o grupo “Escola de Coimbra”, que apresentou o realismo à Portugal.
Com características realistas, uma de suas obras mais importantes foi “O Crime do Padre Amaro”, publicado em 1875, e “Os Maias”, em 1888.
Formado em 1866, passou a atuar como advogado e jornalista em Lisboa. Chegou a criar uma publicação, a “Revista de Portugal”. Trabalhou também em diferentes períodicos, como “Gazeta de Portugal”, “Diário Ilustrado”, “Diário de notícias” e “Correspondência de Portugal”. O escritor ainda foi cônsul de Portugal em Havana, Newcastle, Bristol e Paris, onde permaneceu até a sua morte em 1900.
Na vida pessoal, teve quatro filhos com Emília de Castro, com quem se casou quando já tinha 40 anos.
Fonte: Fundação Eça de Queiroz / Wikipedia
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